Gripe? Tome um chá de alho! Vermes? Alho neles! Certamente já ouviram falar de algumas receitas "milagrosas" com este famoso tempero.
O alho - nome científico: Allium sativum – é uma planta originária das pradarias da Ásia Central ou da Índia e faz parte dos alimentos míticos que inspiraram numerosos remédios e lendas, sendo ainda hoje uma fonte de investigação e de descobertas para os cientistas. Mas será que ele é mesmo bom para tudo?
Cientificamente não se comprovou todas as aplicações populares do alho. Comprovou-se, por exemplo, que a alicina - substância presente na planta, responsável pelo odor característico do alho - actua na morte de bactérias causadoras de infecções, inibe o desenvolvimento de bactérias, destrói fungos, estimula o fluxo das enzimas digestivas e elimina toxinas através da pele. Funciona também como agente anti-viral, ajudando a combater, entre outros, o vírus da gripe.
É um facto que determinadas substâncias presentes no alho podem ser benéficas para quem sofre de varizes: o alil activa a circulação; o trissulfito de metil-alil evita os coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo e que deixam as veias e artérias inchadas, além disso favorecem a elasticidade dos vasos e provocam vasodilatação. Para além disto, possui efeitos terapêuticos como espectorante, desinfectante pulmonar, hipoglicemiante, antioxidante (neutraliza radicais livres).
Outra das propriedades do alho, segundo a sabedoria popular, é a sua capacidade de baixar os níveis de “mau colesterol” (LDL – lipoproteinas de baixa densidade).
No entanto, de acordo com investigadores dos EUA, comer alho, cru ou sob a forma de suplemento alimentar, não reduz os níveis de colesterol.
Estudos anteriores realizados em laboratório e com animais sugeriam que o alho poderia ajudar a diminuir o LDL. Um estudo recente, publicado na revista Archives of Internal Medicine, investigou os efeitos do alho cru e dois suplementos na redução do colesterol sérico e concluiu que nenhum deles teve qualquer efeito. Segundo o coordenador da pesquisa, Christopher Gardner, as conclusões contrariaram a expectativa dos próprios cientistas, que acreditavam que o alho, principalmente cru, teria o efeito de reduzir o colesterol.
Conclusão: quer o alho quer os seus suplementos não possuem qualquer efeito na redução do colesterol sérico, o que significa que o ditado nao passa de um MITO!!!
Quem somos?
- Pest-Ana
- Tal como o nome indica, nós somos a Ana e o Pestana, alunos do 4ºano da FCNAUP. Este blog destina-se a todos que já se questionaram porque dizem "os antigos" que "a cenoura põe os olhos bonitos" ou que "o peixe faz bem à cabeça"!Será mesmo verdade ou não passam de "mithus" antigos??? Venham descobrir! Contámos com as vossas sugestões ou dúvidas...
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2 comentários:
Não percebo este comentário sobre o alho, quando a maioria da bibliografia o indica como potencial na baixa do colesterol. Gostava de saber as verdadeiras indicações adversas ao consumo do alho e quais as recomendações dos níveis desejáveis para o seu consumo, se o factor idade tem influência, etc
Sempre achei essa ideia um bocado descabida, mas obrigado pelo estudo e esclarecimento. Irei acompanhar o teu blog.
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